Ler Os Sertões é um desafio e tanto, e muitos acabam deixando a leitura pela metade por não conseguirem superar as dificuldades que o texto oferece.
Ao descrever o sertão nordestino — e compará-lo a outros biomas — Euclides da Cunha serve-se do jargão de diversos ramos das ciências naturais, num texto repleto de termos técnicos desconhecidos pela maioria.
Para apresentar o homem sertanejo — e compará-lo a outros tipos brasileiros — o autor faz alusões sutis ou cita explicitamente fatos históricos, passagens bíblicas, episódios mitológicos, heresias cristãs e diversos autores e correntes de pensamento não tão famosas.
Além disso, o estilo de Euclides é marcado por inversões sintáticas, períodos longuíssimos e figuras de linguagem que formam trechos de rara beleza — mas também de difícil compreensão.
Para auxiliar os amantes dos clássicos nesta tarefa árdua, redigimos em nossa edição deste clássico milhares de notas à margem do texto, que explicam de modo sucinto o que há de obscuro e tornam mais fecunda e prazerosa a leitura desta obra-prima da literatura brasileira.
Ler Os Sertões é extraordinariamente complicado, mas nossos assinantes terão as ferramentas necessárias para acompanhar a obra do início ao fim, e, ao cabo da experiência, sairão fortalecidos para encarar leituras cada vez mais difíceis.