Por que publicar um clássico “desconhecido”?
Um clássico da literatura é aquele que, geração após geração, continua revelando seus mistérios e frescores àqueles que se permitem o prazer da leitura. Um clássico é sempre desconhecido na medida em que nunca o apreenderemos totalmente, por isso Italo Calvino afirma que “toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira”.
Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira” Italo Calvino
Tão reverenciada em outros países, a literatura alemã ainda não é valorizada como deveria na cultura literária brasileira, em parte pela falta de traduções de obras germânicas. A preferência nacional pelos clássicos das línguas de Stendhal e Shakespeare não deve nos tirar o prazer de desbravar a literatura de Goethe e Schiller, Mann e Rilke, Klinger e von Kleist.
No intuito de preencher lacunas do mercado editorial brasileiro apresentando aos leitores edições de clássicos raros ou inéditos no Brasil, como Rei Amleth, Tempestade e Ímpeto, Torquato Tasso, A Pequena Fadette, e Tragédia Épica, a equipe editorial do CLC, neste mês, traz um box inteiramente dedicado a Heinrich von Kleist, novelista e dramaturgo alemão.
“Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los pela primeira vez nas melhores condições para apreciá-los”.
Estamos certos de que a leitura Michael Kolhaas irá fazê-los pensar “Por que não conheci esse livro antes?” e, no mesmo átimo, se lembrarão “Se não fosse com o Clube, não teria sido tão bom.”