Há quem imagine – não sem razão – que os poetas são meninos franzinos que só pensam em versos e vivem com a cabeça nas nuvens. O estereótipo corresponde à verdade em inúmeros casos, mas a vida de Luís Vaz de Camões certamente não se encaixa nesta regra.
Nascido em ano e data desconhecidos, Camões recebeu educação clássica no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, onde aprendeu vários idiomas e viu nascer sua vocação de poeta.
Nos paços e tavernas da cidade, arranjou namoradas e confusões graças a seu gênio irascível. Poeta por vocação, Camões seguiu carreira militar, servindo Portugal em diversas colônias em África e Ásia.
De volta à casa, recebeu pensão por seus serviços nas armas e nas letras, mas terminou seus dias pobre e foi enterrado em vala comum, sem que sua vida de luta por Portugal fosse reconhecida por seus patrícios.
Assim como o Velho do Restelo, Camões produziu sua obra “com um saber só de experiências feito”, entrando para história da pátria e da literatura como um misto de poeta épico e herói lendário.
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