Euclides da Cunha

Nascido em Cantagalo, em 20 de janeiro de 1866, trabalhou como engenheiro, jornalista e escritor, sendo um dos escritores mais reconhecidos de sua geração.

Viajou como correspondente do jornal Estado de São Paulo a convite de Júlio Mesquita para o sertão baiano, numa comitiva feita para cobrir a última fase da Campanha de Canudos, em 1897.

A situação do Arraial de Canudos lhe causou grande impressão, e sua produção jornalística foi a matéria-prima de ‘Os Sertões’, clássico da literatura nacional. A obra de Euclides da Cunha causou grande impacto na literatura brasileira, inspirando principalmente o romance regionalista da década de 1930.

Sua obra também teve forte influência no desenvolvimento da historiografia e sociologia brasileira, pelo seu valor científico e pelas suas descrições do povo brasileiro, embora haja muitas controvérsias acadêmicas sobre seu legado.

Em reconhecimento ao seu trabalho, foi eleito em 1903 membro da Academia Brasileira de Letras.

Assumiu a cátedra de lógica do Colégio Pedro II. Ficou em segundo lugar no concurso, e pela intercessão de amigos junto ao Presidente da República – que tinha a prerrogativa de escolher entre os dois melhores colocados – foi escolhido para o cargo.

Faleceu na “tragédia da piedade”, no dia 15 de agosto de 1903, aos 43 anos, num evento caótico que causou intensa comoção nacional, envolvendo o adultério de sua esposa com um militar.

Pode-se aplicar muito bem o melancólico verso “A vida inteira que poderia ter sido e que não foi” do poeta Manuel Bandeira à vida do escritor, que embora tenha nos legado um clássico reconhecido internacionalmente, morreu relativamente jovem e com muitos escritos não terminados, principalmente sobre a Amazônia.

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