Quando se fala em cultura, uma das primeiras coisas que talvez venha à mente é a palavra “mecenas”. Mecenato é a prática de estímulo à produção cultural e artística, com o financiamento de artistas e obras de arte.
O que em geral passa despercebido é que o primeiro mecenas conhecido da história foi justamente um cidadão romano chamado… Mecenas! “Mecenato” é, portanto, um epônimo: quando uma coisa recebe o seu nome em homenagem a outra coisa ou pessoa.
Coube ao insigne Virgílio, o nosso autor do mês, a distinção de ser o primeiro artista de renome a ter em Mecenas o seu patrono artístico, dedicando-lhe as Geórgicas. Caio Cílnio Mecenas (Gaius Cilnius Maecenas, seu nome em latim) nasceu em 70 a.C., mesmo ano que Virgílio. Porém, ao contrário de seu coetâneo, que segundo o filólogo Macróbio era de origem humilde, Mecenas era oriundo da aristocracia romana. Mecenas foi conselheiro político do imperador Augusto.
Segundo consta, Virgílio pôde ter uma educação esmerada, tendo estudado poesia e retórica, graças à proteção de Mecenas. A boa prática do protetor das artes (que além de Virgílio, patrocinou também Horácio, entre outros artistas) foi adotada, na Europa Medieval, pelo alto clero da Igreja. Porém, quem se tornou sinônimo de mecenato, já na Renascença, foi a família florentina Médici, quando o fundador da dinastia, o banqueiro Cosme de Médici mandou construir no século XV, em Florença, o Palácio Médici e a Basílica de São Lourenço, além de financiar o filósofo neo-platônico Marsilio Ficino.
Bem, a gente não poderia encerrar sem citar os nossos assinantes Mecenas, que viabilizaram a publicação de tantas obras no Clube. A vocês todos, muito obrigado.
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