Os soldados que iam ao sertão combater o arraial de Canudos tinham a viva impressão de estar em território estrangeiro: outro solo, clima, hábitos, até mesmo outra língua um tanto diferente da falada no sul do Brasil.
Antes do lançamento de Os Sertões, já havia em nossa literatura um movimento de ‘redescobrimento’ do Brasil e de sua diversidade. Esta tradição não foi interrompida, formando o que podemos chamar de ‘Literatura Sertaneja’.
Listamos a seguir alguns destes ‘clássicos sertanejos’:
O Cabeleira
Lançada em 1876, a obra-prima de Franklin Távora conta a trajetória de Joaquim e José Gomes, precursores do cangaço no nordeste brasileiro.
Os Sertões
O jornalista, engenheiro e escritor Euclides da Cunha foi ao sertão da Bahia cobrir os lances finais da peja entre o Exército e o bando de Antônio Conselheiro. O que seria uma série de reportagens tornou-se um livro de grandes proporções sobre a terra, o homem e a luta da Guerra de Canudos.
Pedra Bonita
Publicado em 1936, o romance de José Lins do Rego narra a trajetória de Bentinho, menino dividido entre ingressar no sacerdócio ou trilhar o caminho do cangaço.
Grande Sertão: Veredas
A obra-prima de João Guimarães Rosa conta, com linguagem originalíssima, a história de Riobaldo pelos sertões de Minas Gerais.
Romance D’A Pedra Do Ano
Publicado em 1971, o romance de Ariano Suassuna narra a história de Dom Pedro Dinis Ferreira, que narra a história de sua família e se afirma descendente dos verdadeiros reis brasileiros.