Em 1702, Daniel Defoe escreveu um panfleto anônimo chamado “O caminho mais curto para os dissidentes”. A intenção do panfleto era satirizar o alto escalão da Igreja Anglicana, levando suas convicções às últimas consequências.
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A sátira não agradou a ninguém. A identidade do autor foi rapidamente descoberta e foi oferecida uma recompensa para quem achasse Defoe. O autor escondeu-se e publicou “Uma breve explicação do último panfleto”, alegando que não foi compreendido.
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Pela recompensa, tempos depois foi achado e foi sentenciado à humilhante pena do pelourinho – 3 dias lá.
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Só que ao invés de atirarem-lhe frutas estragadas e ovos, o público o tratou com respeito e atirou flores na sua direção. Enquanto isso, seus amigos vendiam para os espectadores o seu panfleto e um “hino do pelourinho”, que Defoe havia composto para a ocasião.
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Enviado depois para Newgate, este foi um dos períodos mais sombrios da vida de Defoe. Após a prisão, o autor entrou em falência.