9 clássicos sobre vingança que você precisa ler

Redação do CLC

“A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena…” Certamente você já ouviu essa célebre frase de um dos mais icônicos personagens da nossa televisão. Afinal, a vingança é realmente má? Até que ponto alguém pode ir em nome da justiça?

Poucas coisas têm tanto apelo e fascínio quanto uma boa história sobre alguém determinado a ajustar contas. Desde os tempos antigos até os livros contemporâneos, personagens movidos pela vontade de vingança atraem nossa atenção, despertando tanto empatia quanto reflexão. Afinal, quem nunca se sentiu intrigado pelo desejo de justiça com as próprias mãos?

Histórias de vingança têm o poder de revelar os cantos mais obscuros da natureza humana, trazendo à tona questões morais profundas. Enquanto acompanhamos personagens consumidos por esse sentimento , somos levados a questionar até onde estaríamos dispostos a ir para corrigir uma injustiça ou curar uma ferida profunda.

Neste artigo, selecionamos nove clássicos incríveis que giram em torno do tema da vingança. Cada um, à sua maneira, explora esse sentimento complexo com profundidade, marcando muitos leitores. Prepare-se para uma viagem fascinante por essas histórias inesquecíveis!

1. O Conde de Monte Cristo (Alexandre Dumas)

Edmond Dantès é um jovem promissor com um futuro brilhante pela frente até ser traído e preso injustamente. Quando finalmente escapa, ele retorna como o misterioso Conde de Monte Cristo, com uma fortuna impressionante e um plano minuciosamente elaborado para se vingar daqueles que o destruíram.

Alexandre Dumas constrói uma narrativa cheia de reviravoltas, suspense e inteligência. A história faz você torcer pelo protagonista enquanto questiona os limites morais da vingança. O romance prende o leitor desde o início e traz importantes reflexões sobre justiça e consequências.

“O Conde de Monte Cristo” é, sem dúvida, um clássico imortal, repleto de emoção, ação e profundidade psicológica.

2. Hamlet (William Shakespeare)

Hamlet é um jovem príncipe dinamarquês consumido pelo desejo de vingança após descobrir que seu tio assassinou seu pai para tomar o trono. A famosa questão “Ser ou não ser?” é apenas uma das várias reflexões profundas que surgem em meio a esse conflito interno e externo.

Shakespeare explora brilhantemente as angústias, indecisões e dilemas éticos do protagonista. Hamlet é um personagem complexo, que oscila entre reflexão filosófica e ação desesperada, levando a história a uma conclusão dramática e inesquecível.

Um clássico essencial, “Hamlet” continua atual, provocando profundas reflexões sobre moralidade, justiça e a natureza humana.

3. Os Miseráveis (Victor Hugo)

Apesar de famoso pela sua trama sobre redenção, “Os Miseráveis” traz uma poderosa história de vingança na figura de Javert, o inspetor implacável que passa a vida perseguindo Jean Valjean, um ex-presidiário tentando reconstruir sua vida.

Victor Hugo expõe como a obsessão por justiça pode tornar-se uma vingança pessoal destrutiva, consumindo a vida não apenas da vítima, mas também do vingador. O cenário histórico da França do século XIX serve como pano de fundo perfeito para explorar essas questões complexas.

Uma obra profunda e emocionante, capaz de mudar para sempre a percepção de justiça e compaixão de quem a lê.

4. O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë)

Heathcliff, consumido pela dor da rejeição amorosa, torna-se o símbolo perfeito da vingança obsessiva e destrutiva. O ambiente sombrio e isolado do romance intensifica ainda mais o drama psicológico e emocional dos personagens.

Emily Brontë explora intensamente como ressentimento e ódio podem destruir vidas, levando a tragédias pessoais irreparáveis. A obra mergulha profundamente nas paixões humanas mais extremas e suas consequências devastadoras.

Este clássico atemporal oferece uma experiência literária intensa e inesquecível sobre os perigos das emoções descontroladas.

5. Moby Dick (Herman Melville)

O capitão Ahab, após perder uma perna para a baleia branca Moby Dick, dedica sua vida inteira a caçar o animal. Sua obsessão por vingança acaba arrastando toda a tripulação do navio Pequod para uma jornada perigosa e autodestrutiva.

Herman Melville cria uma narrativa épica cheia de simbolismos e reflexões filosóficas sobre obsessão, destino e o confronto do homem com a natureza. “Moby Dick” vai muito além da simples caçada marítima, explorando profundamente os limites da obsessão humana.

Um clássico indispensável, que permanece atual e profundamente significativo até hoje.

6. Electra (Sófocles e Eurípides)

“Electra” explora a vingança no contexto familiar mais intenso possível: Electra deseja vingança contra sua mãe, Clitemnestra, pelo assassinato do pai. O drama familiar se desenrola com dilemas morais profundos e consequências devastadoras.

Sófocles e Eurípides abordam de maneira brilhante as complexidades éticas da vingança familiar, ilustrando como sentimentos profundos de justiça podem gerar tragédias ainda maiores.

Uma tragédia que continua poderosa e relevante, refletindo sobre os perigos da vingança motivada por relações familiares conturbadas.

7. Medeia (Eurípides)

Medeia, traída por Jasão, protagoniza uma das vinganças mais extremas e chocantes da literatura clássica. Seu plano de vingança vai além do imaginável, desafiando limites morais e sociais.

Eurípides mergulha profundamente nas consequências devastadoras da vingança e da paixão descontrolada. Medeia é uma personagem complexa e fascinante, cuja história provoca uma mistura de horror e empatia.

Este clássico continua impactante, fazendo-nos refletir sobre até onde a dor e o ressentimento podem levar uma pessoa.

8. Ilíada (Homero)

A “Ilíada” traz a vingança épica de Aquiles contra Heitor após a morte de seu amigo Pátroclo. A obra retrata de maneira grandiosa batalhas heroicas e intensas emoções humanas.

Homero explora como vingança, honra e amizade se entrelaçam em uma trama épica. A jornada de Aquiles é uma profunda reflexão sobre o custo humano da vingança e da guerra.

9. Dom Casmurro (Machado de Assis)

Neste clássico brasileiro, Bentinho narra sua vida e sua suspeita obsessiva de que Capitu, seu grande amor, o tenha traído com seu melhor amigo, Escobar. Embora não seja uma vingança explícita, a narrativa é dominada pela amargura, ressentimento e desejo velado de punição por essa suposta traição.

Machado de Assis aborda magistralmente os perigos da desconfiança obsessiva, que pode consumir relacionamentos e destruir vidas. A dúvida e a suspeita se tornam uma forma sutil de vingança contra Capitu.

“Dom Casmurro” é uma obra-prima da literatura brasileira, explorando as complexidades emocionais e morais da vingança silenciosa.

Quer saber mais sobre narrativas de vingança? Acesse nosso vídeo especial no YouTube!

E você, o que pensa sobre isso?

Essas histórias mostram que a vingança pode ser tanto fascinante quanto perigosa, capaz de revelar as melhores e as piores facetas humanas. Cada uma dessas obras oferece reflexões valiosas sobre justiça, moralidade e as consequências de nossos atos.

Ao ler esses clássicos, somos convidados a pensar profundamente sobre nossas próprias atitudes diante das injustiças. Afinal, talvez a melhor vingança seja aquela que nunca precisamos buscar…

E você, o que pensa sobre isso? 

E antes de ir embora… A maioria destes clássicos já estão aqui no Clube! Torne-se membro e garanta os seus!

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