Liev Tolstói

Até os vinte e três anos, Tolstói viveu como um playboy da sua época, dividindo o tempo entre jogatinas, conquistas amorosas e pouco ou nenhum estudo. Em 1851, alistou-se no exército e, nos anos seguintes, participou da Guerra da Crimeia. Após a curta carreira militar, viajou pela Europa, onde teve contato com ideias modernas e conheceu Sophia Behrs, que viria a ser sua esposa.

As duas experiências lhe causaram grande impressão, alterando radicalmente sua visão da vida. Ao voltar para Isnaia Poliana, Tolstói decidiu abandonar sua condição de herdeiro latifundiário para viver entre os camponeses e como um camponês. A biografia pitoresca do escritor, que foi soldado, pedagogo, anarquista, pacifista, vegetariano e cristão, inspirou-lhe a compor uma obra gigantesca e causou transtornos aos seus amigos e familiares, que não compreendiam aquela aparente loucura.

Mesmo vivendo numa propriedade rural distante dos holofotes, Tolstói tornou-se célebre ainda em vida, sendo reconhecido por artistas e intelectuais e querido pelos seus leitores. Em 20 de novembro de 1910, o escritor fugiu de casa durante o inverno russo, embarcou em um trem, pregou o amor e a não-violência aos passageiros e morreu de pneumonia na estação de Astapovo. Seu funeral foi acompanhado por alguns milhares de camponeses locais, e sua obra é até hoje cultuada como um dos maiores monumentos literários da humanidade.

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